Nascer do sol

Nascer do sol
Não basta admirar e exaltar a grandeza da natureza. É preciso cuidar para que ela permaneça bela e possa ser também apreciada pelas gerações futuras.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Hoje,
trouxe um olhar terno pra você...
Um sorriso...
De alguém que o tem ...
como alguém especial...
Te trago meu coração...
Que só tem um pulsar...
A vida...
Ontem...
Hoje...
Amanhã...
Sou apenas um ser...
te trago meu olhar...
Só pra você...
Junto com ele...
A esperança...
De que dias melhores virão...
E que hoje vale a pena se viver...
E que no amanhã...
Tenhamos ...
A consciência tranqüila...
de que hoje ....
Estamos construindo...
só construindo e vivendo....
Por isso trago esse olhar...
Só pra você..
Sinta a força do meu sorriso...
Ele também é só pra você...
Porque voce é muito especial.
boa noite da migaaaaa
teka♥♥
<recebido da minha amiga Teka Pianca>

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

<< mirante da 13 de julho>>

Ruas de Ará
(Paulo Lobo)
Nossa cidade, cenário da ponte
Entre o houvera e o haverá
Tem gente que é terra
Tem gente do mangue
Todo dia nas ruas de Ará
Tem velho safado
Tem beiju molhado
Tem deputado marajá
Tem rico que é pobre
Tem preto que é nobre
Todo dia nas ruas de Ará
Ará Cajueiro Aracajuá
Dança guerreiro
Ruas de Ará
Senhora de idade
Vem da Soledade
Um moço que vai trabalhar
Dondoca doideca
Doutor de traveca
Todos os dias nas ruas de Ará
Tem gente bacana
Tem falsa baiana
Boçal, tem vagal, tem paxá
Na nossa cidade
Mentira e verdade
Todo dia nas ruas de Ará
hum , o artista
malabarista das palavras
Poeta, romancista
encanta, embala sonhos
planta, rega
com seus sentimentos profundos
e navega em sua ilusão
num mar tão só seu
Pois se fui seu amor
de pura beleza
enganou-se
pois nao viu
em mim meus naturais
arranjos de dissabores
Simone Sales
FIM DE ANO
Mais um ano que findou
Mais um ano que nasceu
Uma esperança que chegou
Mais um sonho que morreu

É mais um dia que passa
Mais uma ilusão que se perde
É mais uma angústia que envolve
É mais uma dor para a massa
É mais um sorriso sem graça
É mais uma vida que volve
Aos braços do tempo
Que tudo absorve
Que não deixa nada
E às vezes não leva a nada
A lugar algum
A nenhuma vida nova
Que nos leva às praças
E entre as desgraças
Que nos leva à taça
Sem muita cachaça
Com muita folia
É preciso que se faça
O caminho para um dia
Se viver de alegria
Esquecer o rancor
E sentir no coração
A intensa emoção
De tê-lo cheio de amor

METAMORFOSE – Da Larva à Borboleta – Fátima Almeida

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008



Aracaju
(Irmão)


Aracaju é nome tupi
E ien-ien gatum tupiniquim
Aracajueiros dos papagaios
De araras e terras de Serigy
Aracaju, Sergipe, Brasil
Meu povo, meu chão
De riqeuzas mil
Ara do Brão de Maruim
Praça da Bandeira
Baixa de Boquim
Meu bom Santo Antônio
Meu Getúlio vargas
Meu Aracaju que sé
Xoconiquim


SONHOS

Ah! Como eu queria...
Estar agora
Bem pertinho de você,
E sentir você
Bem juntinho de mim...
Poder viver
A sensação maravilhosa
Dos seus dedos acariciando
Cada centímetro do meu corpo;
Das suas mãos desbravando
Cada palmo da minha intimidade.
Assim...
Meu corpo
Seu corpo
Nossos corpos
O calor deles
Ardente!
Sua pele
Na minha pele
Fervente!
Frenesi
Olhos brilhantes
Sua boca
Minha boca
Nosso hálito
Quente!

E o amor dagente!...
E me dar
Prá você
De presente!

METAMORFOSE – Da Larva à Borboleta – Fátima Almeida



Valerá a pena sonhar,
viver fora do mundo
mesmo que por um instante,
e fazer da solidão
uma companheira constante?
Valerá a pena desejar,
viver nas nuvens,
querer as estrelas,
suspirar pelo sol
e ansiar pela luz da lua?
Valerá a pena ser romântico,
sonhar com afeto, carinho,
fazer da vida utopia,
fazer do amor um bálsamo?
deixar o coração morrer,
transbordante de amor,
sozinho?...
Metamorfose - Da Larva à Borboleta - de Fátima Almeida

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008


AVE MARIA
Ave! Maria
Da graça e da perfeição
Da magia e bondade
Do amor, da redenção.

Ave! Senhora
Mãe,amiga,companheira
Raio de luz e perdão
Fonte de paz verdadeira

Ave! Rainha
Maria de Nazaré
Divina Mãe de Jesus
Âncora Sagrada de fé

Ave! Mãe
Escrínio real do bem
Bendita entre todas
Filha de Deus
AMÉM

METAMORFOSE – Da Larva à Borboleta - Fátima Almeida

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008


AO MEU POETA

Ah! meu poeta!
Tantos anos te busquei
Tanto te vi
Em pessoas que afinal
Nada tinham pra se ver.
Tanto tempo passei
Esperando
Um príncipe encantado.
Foi isso,
Que me ensinaram a esperar.
E eu sentia o meu poeta!
Mas meu poeta nunca soube
Que eu o estava sentindo.
Tantas vezes pensei
Finalmente tê-lo encontrado.
Terrível engano.
Ou desengano?
Como eu amei o meu poeta!
Mas o meu poeta
Nunca imaginou sequer
Que eu existisse.
E hoje,
Quando deixei de te buscar,
Encontro, num certo LUGAR
CHAMADO LUZ,
A tua alma tão nua
Que esqueceste de guardar.

Do livro METAMORFOSE- Da Larva à Borboleta - de Fátima Almeida


IRONIA

Sentindo um enorme vazio,
Pego um livro
Começo a ler...
Perco-me na leitura.
De repente...
Vejo-me entediada.
Engraçado...
Acho que me apaixonei
....................pelo poeta...
E agora,
Sinto ciúmes dos seus versos.

Do livro METAMORFOSE – Da Larva à Borboleta de Fátima Almeida



ჱﻶﻉﻲﻳﺓﻐﻬﻲﻳﺓﻐﻬჱﻶﻉﻲﻳﺓﻐﻬﻲﻳﺓﻐﻬჱﻶﻉﻲﻳﻐﻬﻲﻳﺓﻐﻬჱﻶﻉﻲﻳﺓﻐﻬﻲﻳﺓﻐჱﻶﻉﻲﻳﺓﻐﻬჱﻶﻉ
     ﻶﻉჱ        ﻶﻉჱ         ﻶﻉჱ
(    Para ser feliz, você não precisa de
ჱﻶﻉ    grandes conquistas materiais.
 )  Você já tem o pôr-do-sol, as estrelas,
ﻶﻉჱ os pássaros, o sorriso dos seus amigos irmãos.
(  Agradeça a Deus, pois você tem tua vida.
ჱﻶﻉ   Tem o dia que está começando,
 )    sua força e determinação.
ﻶﻉჱ  Com todos esses presentes da vida,
(       o resto você constrói... Um super beijão..
ჱﻶﻉﻲﻳﺓﻐﻬﻲﻳﺓﻐﻬჱﻶﻉﻲﻳﺓﻐﻬﻲﻳﺓﻐﻬჱﻶﻉﻲﻳﻐﻬﻲﻳﺓﻐﻬჱﻶﻉﻲﻳﺓﻐﻬﻲﻳﺓﻐჱﻶﻉﻲﻳﺓﻐﻬჱﻶﻉ


Mensagem recebida da amiguinha Célia.

MEU MELHOR AMIGO



Quando todos estão comigo
Também estou com você
Quando estou com os amigos,
É você quem eu quero ver
Quando todos me acolhem
Ou estão a me ofender,
Quando todos me abandonam
Eu nunca me desespero
Você é tudo que eu quero
E eu sei que tenho você.
Apenas não lhe vejo
E nos meus olhos ainda cegos
Às vezes... um lampejo
Passa, e eu não nego
Sinto-me muito feliz
Por estar com você
Por ter você como amigo
Por ter você como guia
Você como fonte de luz,
Você que é feito de amor
Você que amo com ardor
Você que é você, JESUS.

Do livro METAMORFOSE – DA LARVA Á BORBOLETA, de Fátima Almeida

terça-feira, 16 de dezembro de 2008



"Através da violência você pode matar um assassino,
mas não pode matar o assassinato.
Através da violência você pode matar um mentiroso,
mas não pode estabelecer a verdade.
Através da violência você pode matar uma pessoa odienta,
mas não pode matar o ódio.
A escuridão não pode extinguir a escuridão. Só a LUZ pode."
Martin Luther King

Uma mensagem linda que recebi da minha amiga LiLy/Penélope.


Ah borbloleta
és a felicidade?
Estava a procurar-te
em tantos lugares
Mas como fui tola
em minha busca,
jamais estarias na
escuridão
Abri meus olhos
depois de longa
jornada
e aí estás, livre
com tuas cores
misturadas as flores
deste lindo jardim da
vida
Liberdade borboleta
pra voce e pra mim

Simone Sales

Poesia recebida com muito carinho da minha amiga Simone.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008



O SONHO DO NATAL ESTÁ MORRENDO! ? ...

AH! PAPAI NOEL!

Desde quando, já não conseguimos ver estampada no rosto das crianças, aquela ansiedade pela chegada do “bom velhinho”?
Desde quando, nas noites de Natal, já não encontramos sapatinhos junto às caminhas, à espera daquele presente especial, o mais importante talvez, entre todos recebidos durante o ano?
Será que o Sonho de Natal está morrendo?
Acredito que não. Não é o sonho de Natal que morre, é a sensibilidade, que aos poucos a humanidade vai perdendo sem se aperceber. As crianças já não são mais crianças, são adultos que ainda não cresceram. A evolução que traz consigo o selo do progresso destruiu os mais puros sentimentos que caracterizavam o ser humano. Mecanizou-o, sistematizou-o de tal forma que já não se tem olhas pras coisas, digamos, “do coração.” Hoje tudo é medido, calculado, cronometrado e planejado.
É bem triste saber que aquela roda gigante, aquele barquinho e o carrossel lá do parque, que tanto já significaram para nós, foram reduzidos à ínfima condição de meio-de-vida.
Contudo, o Natal está aí e o mesmo Cristo dos tempos esquecidos continuará nascendo em nosso espírito, desde que roubemos apenas algumas horas do nosso tão precioso tempo e façamos reviver em nós, a criança que já não somos.

Do livro METAMORFOSE – Da Larva à Borboleta, de Fátima Almeida


A HISTÓRIA DO CONVIDADO DE NATAL

Aconteceu um dia, num Natal já passado,
Dois vizinhos visitaram um amigo ao lado.
Entrando em sua pobre e humilde morada,
A encontraram lindamente decorada.

E o amigo sentado com os olhos brilhantes,
De repente parou de enfeitar por um instante,
E disse:” meus amigos, hoje de madrugada,
Quando a manhã pelo galo era anunciada,

Num sonho vi o Senhor que me dizia:
“Hoje o visitarei e lhe farei companhia.
Então sobremaneira tenho estado ocupado,
Na minha casa quero ver tudo decorado.

A mesa está posta e a chaleira polida,
Nos lindos enfeites a luz é refletida.
E agora esperarei o Senhor, não vou dormir
Vou prestar bastante atenção para poder ouvir
Os seus passos quando Ele se aproximar,
E ao abrir a porta seu rosto vou contemplar.

Os dois então partiram e deixaram o amigo,
Pois desde que sua família tinha falecido,
Mais feliz que isto não podia estar.
Pois antes o Natal não conseguia desfrutar.

Mas com o Senhor como convidado de Natal,
É melhor ficar atento, com atenção especial,
E a cada barulho se levantava sem vacilar.
Um Natal melhor não dava para imaginar.

E esperando para ver o Senhor lá fora,
Ouviu um ruído e correu para a janela na hora,
E tentando disfarçar a sua decepção,
Viu sobre a neve que cobria o chão...

Um mendigo maltrapilho de sapatos gastos,
Com roupas puídas e remendos crassos.
Com pena correu para a porta comovido,
E disse: “seus pés devem estar gelados e feridos.
Tenho sapatos aqui em casa para lhe dar,
E também um casaco para lhe agasalhar.”

Muito agradecido o pobre homem foi embora.
Nosso amigo ao ver como passavam as horas,
Imaginava porque o Senhor estaria tão atrasado,
E quanto mais teria que esperar seu convidado.
Ouviu então umas batidas e para a porta correu,
Mas também não era nenhum conhecido seu,
Uma velhinha corcunda, com um cachecol usado.
Levando nas costas um feixe de lenha pesado.

Ela pediu um lugar para descansar um bocado,
Mas já estava reservado para o grande convidado.
Seu rosto parecia implorar: ”não me mande embora.
É noite de Natal, preciso descansar agora.”

Então, ele fez-lhe uma tigela de sopa bem quente.
E disse: “vamos, sente-se à mesa e se alimente”.
Mas quando ela foi embora, ele meio desesperado,
Notou que já era tarde e o tempo já havia passado.

O Senhor não tinha vindo como havia dito.
Pensou: “com certeza houve um mal-entendido”.
Na quietude da noite, ouviu ele, alguém gritou:
“Por favor, me ajude e me diga onde estou!”
Embora decepcionado naquela noite fria,
Não deu lugar a tristeza e foi ver quem batia.

Era só uma menina que tinha se perdido,
Longe de sua família não sabia aonde tinha ido.
De novo o pobre homem ficou desanimado,
Mas sabia que a menina precisava de cuidados.

Falou com ela e suas lágrimas então limpou,
A deixou tranqüila e logo a consolou,
E depois foi com ela ate a sua moradia.
Mas ao voltar pra casa uma coisa ele sabia:

O Senhor com certeza nesta data já não vem
E o próximo natal é só no ano que vem.
Então foi para o seu quarto e de joelhos orou.
Disse: “querido Senhor por que demorou?

O que O impediu de me fazer uma visita?
Pois eu queria tanto ver sua face bonita.”
E na quietude da noite uma voz então disse:
“Erga a cabeça, Eu prometeria se não cumprisse?

Três vezes a minha sombra esteve na sua morada,
Três vezes bati à sua porta nesta noite gelada.
Eu era o mendigo cansado de quem você cuidou
Eu era a mulher a quem você alimentou
E eu era a criança perdida que você ajudou.

Adaptado por Helen Steiner Rice de uma antiga lenda alemã.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008


ROSA

Pixinguinha


Tu és, divina e graciosa
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente
Aqui nesse ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
Teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito seu

Tu és a forma ideal
Estátua magistral oh alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza

Perdão, se ouço confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh flor meu peito não resiste
Oh meu Deus o quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia
Ao pé do altar
Jurar, aos pés do onipotente
Em preces comoventes de dor
E receber a unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te até meu padecer
De todo fenecer

Saudades....

segunda-feira, 24 de novembro de 2008


AS ROSAS NÃO FALAM

Bate outra vez
com esperanças o meu coração
pois já vai terminando o verão, enfim
Volto ao jardim
na certeza que devo chorar
pois bem sei que não queres voltar
para mim
Queixo-me às rosas,
mas que bobagem
as rosas não falam
simplesmente as rosas exalam
o perfume que roubam de ti, ai
Devias vir
para ver os meus olhos tristonhos
e quem sabe sonhavas meus sonhos
por fim.

Saudades ... de Pixinguinha


(Meimei -Chico Xavier)


Diante do bolo iluminado, abraças, feliz, os entes amados que chegaram de
longe... ouves a música festiva que passa, de leve, por moldura de harmonia
às telas da natureza... Entretanto, quando penetrares o templo da oração,
reverenciando o Mestre que dizes amar, mentaliza o estábulo pobre.

Ignoramos de que estrela estaria chegando o Sublime Renovador, mas
todos sabemos em que ponto da Terra começou ele o apostolado divino.

Recorda as mãos fatigadas dos tratadores de animais, os dedos calosos
dos homens do campo, o carinho das mulheres simples que lhe ofertaram
as primeiras gotas do próprio leite e o sorriso ingênuo dos meninos
descalços que lhe receberam do olhar a primeira nota de esperança.

Lembra-te do Senhor, renunciando aos caminhos constelados de luz para
acolher-se, junto dos corações humildes que o esperavam, dentro da noite,
e desce também da própria alegria, para ajudar no vale dos que padecem..

Contemplarás, de alma surpresa, a fila dos que se arrastam, de olhos
enceguecidos pela garoa das lágrimas. Ladeando velhinhos que tossem ao
desabrigo, há doentes e mutilados que suspiram pelo lençol de refúgio na
terra seca. Surgem mães infelizes que te mostram filhinhos nus e crianças
desajustadas para quem o pão farto nunca chegou.

Trabalhadores cansados falam do abandono e jovens subnutridos se
referem ao consolo da morte...

Divide, porem, com eles o tesouro de teu conforto e de tua fé e, nos
recintos de palha e sombra a que te acolhes, encontrarás o Cristo no
coração, transfigurando-te a vida, ao mesmo tempo que, nos escaninhos da
própria mente, escutarás, de novo, o cântico do Natal, como de repetido
na pauta dos astro:

- Glória a Deus nas alturas e boa vontade para com os homens!...
Feliz Natal

domingo, 23 de novembro de 2008


CARINHOSO



Meu coração não sei por que
Bate feliz Quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mais mesmo assim
Foges de mim


Ah se tu soubesses como eu sou
Tão carinhoso e muito muito
Que te quero
E como é sincero
Meu amor Eu sei que tu não
Fugirias mais de mim
Vem, Vem, Vem, Vem
Vem sentir o calor dos lábios
Meus a procura dos teus
Vem matar essa paixão
Que me devora o coração
Só assim então serei feliz
Bem Feliz
Meu coração

( Pixinguinha e Braguinha)


FLORISE
UM ANO SEM VOCÊ


Nome que lembra FLOR, como tantas flores que cultivou pelos jardins da vida.
Inteligente, culta, Intelectual, informada, viajou no tempo e acompanhou o progresso da literatura, da política e da música, sempre valorizando o conhecimento e fazendo-se única na arte de educar.
SE não tinha graduação, que importa? Era sábia! E com toda a sua simplicidade, era psicóloga, pedagoga, filósofa, enfim doutora em todas as formas de ensinar a viver.
Por trás de uma aparente fragilidade ocultava-se a dignidade, ALtivez e a força de uma grande mulher.
Os finos fios prateados que adornavam sua cabeça, deixavam-na com a aparência de uma fada típica das estórias que contava para nos fazer adorMEcer.
Era esta matrIarca, que do seu cantinho, doce e serena, equilibrava os pilares DA família intercedendo com sensatez, ponderação e encontrando sempre uma solução plausível para cada situação.
Havia imponência até na sua delicadeza!
Nasceu para ser uma Rainha! A nossa Rainha-Mãe!
Continuará BRIlhando como sempre fez e TOcando os nossos corações com a sua fé, sua esperança e sobretudo, seu amor a Deus!



Poderia valer-me de linguagem formal e rebuscada para dizer o que penso de você, mas acho que não combinaria com a sua doce personalidade.
Você é especial! Tenho muito prá falar de você, mas o meu vocabulário...é muito pobre para expressar as suas qualidades. Só posso dizer... TE AMO!
VOCÊ TEM MAIS DE QUARENTA ANOS?...

Então você é do tempo...

...que as palavras "por favor", "com licença", "desculpe", "obrigado", eram naturalmente usadas por todos.

...que as pessoas se cumprimentavam, mesmo sendo totalmente estranhas umas às outras.

...que se sabia o nome de todos os vizinhos da rua ou do prédio.

...que se podia ficar até altas horas de uma noite quente de verão conversando com os vizinhos, com as cadeiras na calçada.

...que se podia esquecer a porta da frente da casa ou o portão destrancados.

...que som de alarmes era só os de incêndio.

...que grades em volta da casa eram necessárias só se o dono tivesse cachorro grande e perigoso.

...que os tipos de filmes disponíveis eram apenas drama, comédia, amor, musical, policial e aventura.

...que havia filas enormes para se assistir a filmes brasileiros.

...que os homens não podiam entrar no cinema sem camisa social e gravata.

...que o cinema era um excelente lugar para se namorar.

...que um carro estacionado na rua, no escuro, era melhor ainda para se namorar.

...que se preferia sempre fazer sexo do que falar, ouvir ou assistir a respeito dele.

...que beijo na língua acontecia somente entre quatro paredes, porque em público era um escândalo.

...que os pretendentes pediam autorização ao pai para namorar a pretendida.

...que o futuro marido pedia ao pai a mão da filha em casamento.

...que uma relação sexual era experimentada, por inteiro, somente após o casamento.

...que os programas de televisão eram ao vivo, feitos "na raça".

...que se assistia televisão com a família reunida na sala.

...que as crianças estavam todas dormindo após as 21:00h.

...que as crianças não interferiam na conversa dos adultos.

...que as crianças tinham infância.

...que as crianças acreditavam em Papai Noel, coelhinho da Páscoa e que a cegonha trazia os bebês.

que o sonho das meninas pobres era saber tocar piano e dançar balé, porque as ricas faziam isto.

...que o sonho das meninas ricas era brincar em cima das árvores, porque as pobres faziam isto.

...que o sonho dos meninos pobres era ter patinete, porque os ricos tinham isto.

...que o sonho dos meninos ricos era jogar "taco" ou bolinha de gude, ou andar de carrinho de rolemã na rua, porque os pobres faziam isto.

...que os cantores dispunham de estúdios com equipamentos limitadíssimos, e só quem era mesmo bom de voz conseguia um contrato de gravação.

...que nem os melhores cantores ficavam milionários.

...que as letras das músicas eram inteligentes, sutis e na maioria das vezes chamadas de "poemas sonoros".

...que os atores e atrizes apareciam sempre glamorosos, porque isto fazia parte da profissão.

...que "estou com a cachorra" era uma gíria que significava "estou com muita raiva".

...que se dizia "em mulher só se bate com uma rosa".

...que "mexer" com uma mulher era uma forma de paquera.

...que "tigrão" era o mascote da Esso.

...que carnaval era motivo para todo mundo usar uma fantasia.

...que "camisa de vênus" ou preservativo não eram mencionados em público.

...que era uma delícia dançar nos bailinhos ou aniversários caseiros de jeito bem lento e agarrado, de rosto colado, ao som das baladas elétricas dos Beatles ou dos "Renato e Seus Bluecaps".

...que se cantava canções populares em grupo, nos barzinhos ou depois do lanche da tarde em casa.

...que também era uma delícia ouvir música romântica italiana ou francesa enquanto se escrevia cartas de amor perfumadas para o amado ou amada.

...que se pedia uma ligação interurbana de casa à telefonista e se esperava trinta minutos ou uma hora para ser completada e neste tempo se ficava ensaiando o que dizer à pessoa amada.

...que a comida era sempre fresca; congelado só o picolé.

...que futebol era conhecido como "esporte arte".

...que os jogadores de futebol sabiam que iriam conquistar apenas a fama.

...que tumultos nos estádios só existiam para conseguir um autógrafo do craque do coração.

...que a profissão de professor era querida e respeitada e desejada por muitos.

...que se podia passear de carro conversível, sem capota, porque não havia preocupação com... poluição.

...que congestionamento era algo que se tinha no peito, em caso de gripe.

...que o único medo dos caminhoneiros era o de não suportarem a saudade das famílias.

...que as motos andavam na mesma faixa dos carros e eram usadas mais para passeio.

...que em todos os bairros se via uma viatura da polícia circulando dia e noite.

...que quem sentasse num banco de jardim teria que pelo menos estar lendo um jornal, ou seria suspeito de vadiagem.

...que taxi era chamado de "carro de praça", porque eles sempre tinham ponto nas praças; e os respectivos motoristas eram geralmente gentis e educados.

...que se encontravam os carros de praça a qualquer hora do dia ou da noite.

...que se recebia vendedores de enciclopédias e/ou de carnês do Baú da Felicidade dentro de casa.

...que se fazia a compra diária do pão e do leite na padaria no Seu Joaquim fiado, tudo anotado na "caderneta", para se pagar quando fosse possível.

...que a contabilidade das empresas era toda feita com máquinas de escrever e estava sempre atualizada.

...que a profissão de secretária era muito charmosa, assim como a das aeromoças e das enfermeiras.

...que não se via mulheres jovens, idosas ou grávidas viajando de pé nos ônibus e trens.

...que os homens abriam a porta da casa ou do carro para a mãe, namorada ou qualquer mulher tanto para entrarem como para saírem.

...que os homens eram sempre os últimos a entrar ou sair dos elevadores.

...que os homens cortavam os cabelos todas as semanas, faziam a barba ou aparavam o bigode todos os dias e nunca apareciam de sapato não engraxado.

..que as barras das saias e dos vestidos não podiam estar mais altas que a altura dos joelhos.

...que as roupas dos homens eram feitas sob-medida e até os mais pobres podiam pagar os alfaiates.

...que bundas só as de bebês ou nos inocentes clubes ou praias de nudismo eram vistas.

...que quando alguém mencionava coca a única coisa que vinha à cabeça era o refrigerante.

...que tráfico era sempre o de automóveis mesmo.

...que se podia entrar sozinho no mato para caçar passarinhos.

...que piquenique era algo que toda família adorava fazer nos fins de semana.

...que as pessoas envolvidas com religião como profissão eram humildes e sem posses.

...que educação cívica era uma matéria obrigatória em todas as escolas e praticada em todas as casas.

...que se pagavam menos impostos.

...que mesmo os peões tinham uma casa própria para morar.

...que os políticos eram pessoas respeitadas e admiradas.

...que famílias morando nas ruas eram só as assumidamente ciganas.

...que se usavam jóias verdadeiras, nas ruas, tanto de dia como de noite.

...que se dava ouro para o bem do Brasil.

...que a palavra "stress" era entendida como a palavra "strass", que eram pedrinhas usadas para dar brilho aos vestidos elegantes.

...que quando se olhava para cima, à noite, se via estrelas bem brilhantes e, de dia, se via o azul do céu como um véu de cetim.

...que as pessoas se respeitavam e tinham muitos, muitos amigos.

...que o mundo não era perfeito, mas certamente havia ao redor mais coisas boas do que ruins.

Se você tem memória então vai se lembrar e reavivar tudo isto.
AUTOR DA MENSAGEM...DESCONHECIDO...
TEMPOS BONS AQUELES...
TUDO MUDOU!!!....

O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch

Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
'Problemas de moça' viraram TPM

Confeti virou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental

E o fio dental virou anti-séptico bucal
Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do 'não' não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí

O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bike
Polícia e ladrão virou counter strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?

Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos Agora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...
.... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças.

(Luiz Fernando Veríssimo)

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

FALA EM PAZ

Justo lembrar que a voz humana está carregada de vibrações.
Esforça-te por evitar os gritos intempestivos e inoportunos.
Uma exclamação retumbante equivale a uma pedrada mental.
Se alguém te dirige a palavra em tom muito alto, faze-lhe o obséquio de responder em tom mais baixo.
Os nervos dos outros são iguais aos teus; desequilibram-se facilmente.
Discussão sem proveito e desperdício de forças.
Não te digas sofrendo esgotamento e fadiga para poder lançar frases tempestuosas e ofensivas; aqueles que se encontram realmente cansados procuram repouso e silêncio.
Se te sentes à beira da irritação, estás doente e o doente exige remédio.
Barulho verbal apenas complica.
Pensa nisso: A TUA VOZ É O TEU RETRATO SONORO.
Emmanuel/Chico Xavier - CALMA

Lições que a vida nos ensina

Pão velho

Era um fim de tarde de sábado. Eu estava molhando o jardim da minha casa,
quando vi um menino parado junto ao portão, me olhando.
- Dona, tem pão velho? - perguntou ele.

Essa coisa de pedir pão velho sempre me incomodou... Olhei para aquele
menino tão nostálgico e perguntei:
- Onde Você mora?
- Depois do zoológico.
- Bem longe, hein?
- É... mas eu tenho que pedir as coisas para comer.
- Você está na escola?
- Não. Minha mãe não pode comprar material.
- Seu pai mora com vocês?
- Ele sumiu...

E o papo prosseguiu, até que eu disse:
- Vou buscar o pão. Serve pão novo?
- Não precisa, não. A senhora já conversou comigo, isso é suficiente.

Esta resposta caiu em mim como um raio. Tive a sensação de ter absorvido
toda a solidão e a falta de amor daquela criança. Tão nova e já sem sonhos,
sem brinquedos, sem comida, sem escola e tão necessitada de um papo,
de uma conversa amiga.

Quantas lições podemos tirar desta resposta:
"Não precisa, não. A senhora já conversou comigo, isso é suficiente!"

Que poder mágico tem o gesto de falar e ouvir com amor! Os anos se
passaram e continuam pedindo “pão velho" na minha casa...
E eu dando "pão novo",
mas procurando antes compartilhar o pão das pequenas conversas,
o pão dos gestos que acolhem e promovem.

Este pão de amor não fica velho, porque é fabricado no coração de
quem acredita Naquele que disse: “Eu sou o pão da vida!

” Verifique quantas pessoas talvez estejam esperando uma só palavra sua....

sexta-feira, 8 de agosto de 2008



SAVEIROS 10


Insignificante...
Para os que não admiram um pôr do sol.

Melancólico...
Para os que estão sós, vazios, em busca de si.

Colorido?
Sim, colorido tanto quanto a primavera.

É um pôr do sol...
É o mar em chamas no horizonte
Onde o céu encontra as águas calmas
No fim da tarde.

E os saveiros?
Dois apenas...
Vivendo a paz do ocaso.

É uma tela...
Mistura de tintas que mãos milagrosas
Transformaram em poesia.

METAMORFOSE – Da Larva à Borboleta – Fátima Almeida

quinta-feira, 17 de julho de 2008

SONHOS



Ah! Como eu queria...
Estar agora
Bem pertinho de você,
E sentir você
Bem juntinho de mim...
Poder viver
A sensação maravilhosa
Dos seus dedos acariciando
Cada centímetro do meu corpo;
Das suas mãos desbravando
Cada palmo da minha intimidade.
Assim...
Meu corpo
Seu corpo
Nossos corpos
O calor deles
Ardente!
Sua pele
Na minha pele
Fervente!
Frenesi
Olhos brilhantes
Sua boca
Minha boca
Nosso hálito
Quente!

E o amor dagente!...
E me dar
Prá você
De presente!

METAMORFOSE – Da Larva à Borboleta – Fátima Almeida

sábado, 12 de julho de 2008

MARIA DO SERTÃO

Maria cansada e triste
Desgrenhada, espera a sorte
Um dia já foi mais forte
Tanto que ainda resiste
Resiste o corpo, a alma esmorece,
A fome corrói-lhe as entranhas
.............em dor
No ventre o filho, que ela sabe carece
De tudo mesmo, não basta o amor.

O trabalho é árduo, humilhante até,
No chão tão seco, a sede consome
O pouco de energia
............que resta com a fé.
A fé que cura as doenças
A fé que retarda a agonia
A fé que a mantém de pé
A fé em nova alegria.

Mas o tempo não passa,
............ se arrasta....
E para a desgraça de Maria
O sol brilha mais forte
E a chuva que vinha pro norte
Não cai como se previa.

Chorar não mais adianta...
O suor já não poreja
E a dor... como um chicote....
...........lanceja.......

É o fim de uma vida?
É a reta final?
É o triste destino
De Maria de Tal.

Extraído do livro METAMORFOSE- Da Larva à Borboleta de Fátima Almeida

sexta-feira, 9 de maio de 2008



MÃE

Existirá Senhor, missão mais gloriosa neste planeta-escola,
Que a de ser mãe?
Existirá por acaso, dádiva mais divina do que a de participar
Da evolução do Universo como co-criadora da Natureza?
Creio que não, porque...

Ser mãe é amar com todas as forças;
É superar obstáculos;
É respirar felicidade;
É ouvir cânticos permanentes de louvor;
É ver o mundo sempre colorido;
É encontrar forças onde não há forças;
É encontrar solução onde não há solução
É transpirar abnegação, carinho, renúncia.

Ser mãe é encontrar facilidade para as coisas difíceis
E ver possibilidades nas coisas impossíveis.

Ser mãe é ser mulher, educadora, amiga, orientadora,
Enfim, condutora, o piloto que guiará na pista terrena,
Os passos do ser que lhe foi confiado pelo
PAI MAIOR
E de quem um dia, a ELE deverá prestar contas.


Do livro METAMORFOSE-da Larva à Borboleta
De Fátima Almeida

sexta-feira, 2 de maio de 2008

SEMENTE

Semente, semente, semente, semente, semente
Se não mente fale a verdade, de que árvore você nasceu?
Semente, semente, semente, semente, semente
Se não mente fale a verdade, de que árvore você nasceu?
De onde veio? De onde apareceu?
Por que que o meu destino é tão parecido com o seu?
Eu sou a terra, você minha semente
Na chuva a gente se entende,
é na chuva que a gente se entende.
Semente, semente, semente, semente, semente
Se não mente fale a verdade, de que árvore você nasceu?
Semente, semente, semente, semente, semente
Se não mente fale a verdade, de que árvore você nasceu?
Semente eu sei, tem gente que ainda acredita
e aposta na força da vida e busca um novo amanhecer
Lá vem o sol, e agora diga que sim
semente eu sou sua terra, semente pode entrar em mim.
Semente, semente, semente, semente, semente
Se não mente fale a verdade, de que árvore você nasceu?
Semente, semente, semente, semente, semente
Se não mente fale a verdade, de que árvore você nasceu?
Se conseguir, aquilo que você quer
e conseguir manter a nobreza de ser quem tu é
tenha certeza que vai nascer uma planta
que a flor vai ser de esperança
de amor pro que der e vier.
Semente, semente, semente, semente, semente
Se não mente fale a verdade, de que árvore você nasceu?
Semente, semente, semente, semente, semente
Se não mente fale a verdade, de que árvore você nasceu?
Se conseguir, aquilo que você quer
e conseguir manter a nobreza de ser quem tu é
tenha certeza que vai nascer uma planta
que a flor vai ser de esperança
de amor proque der e vier...
Semente de Armandinho

sexta-feira, 14 de março de 2008

BLOWING IN THE WIND

Quantos caminhos um homem deve andar
Pra que seja aceito como um homem?
Quantos mares uma gaivota irá cruzar
Pra poder descansar na areia?
Quanto tempo as balas de canhões explodirão
Antes de serem proibidas?
The answer my friend is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind
Quantas vezes deve um homem olhar pra cima
Para poder ver o céu?
Quantos ouvidos um homem deve ter
Para ouvir os lamentos do povo?
Quantas mortes ainda serão necessárias
Para que se saiba que já se matou demais?
The answer my friend is blowing in the wind
The answer is blowing the wind
Quanto tempo pode uma montanha existir
Antes que o mar a desfaça?
Quantos anos deve um povo viver
Sem conhecer a liberdade?
Quanto tempo um homem deve virar a cabeça
Fingindo não ver o que está vendo?
The answer my friend is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind
Diana Pequeno

quinta-feira, 13 de março de 2008

NÃO GOSTE APENAS DO AMOR

Goste de alguém que te ame, alguém que te espere.Alguém que te compreenda mesmo nos momentos de loucura;De alguém que te ajude, que te guie;Que seja teu apoio, tua esperança, teu tudo.Goste de alguém que não te traia, que seja fiel,que sonhe contigo, que só pense em ti,que só pense no teu rosto, na tua delicadeza,no teu espírito;E não só no teu corpo, nem em teus bens.Goste de alguém que te espere até o final,de alguém que sofra junto contigo, que ria junto a ti,que enxugue tuas lágrimas;Que te abrigue quando necessário,que fique feliz com tuas alegrias e que te dê forças depois de um fracasso.Goste de alguém que volte pra conversar contigo depois das brigas, depois do desencontro.De alguém que caminhe junto a ti, que seja companheiro,que respeite tuas fantasias, tuas ilusões.Goste de alguém que te ame.Não goste apenas do amor.Goste de alguém que sinta o mesmo por ti.
Luiz Fernando Veríssimo

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

AÇÃO DE GRAÇAS

É maravilhoso, Senhor,
Ter braços abertos,
Quando há tantos mutilados!
Meus olhos perfeitos,
Quando há tantos sem luz!
Minha voz que canta,
Quando tantas emudeceram!
Minhas mãos que trabalham,
Quando tantas mendigam!
É maravilhoso voltar para casa,
Quando tantos não têm pra onde ir...
É maravilhoso amar, viver, sorrir, sonhar,
Quando há tantos que choram, odeiam,
Revolvem-se em pesadelos,
Morrem antes de nascer...
É maravilhoso ter um Deus para crer,
Quando há tantos que não têm o consolo
De uma crença.
É maravilhoso, Senhor, sobretudo ter tão
Pouco a pedir e tanto para agradecer!
Um irmão

ORAÇÃO SEM NOME

Escuta Deus:
Jamais falei Contigo. Hoje quero saudar-te.
Bom Dia! Como vais?
Sabes? Disseram-me que Tu não existias, e eu tolo, acreditei que era verdade.
Nunca havia reparado a Tua obra. Ontem à noite, da trincheira rasgada por granadas, vi Teu céu estrelado e compreendi então que me enganaram.
Não sei se apertarás a minha mão, vou Te explicar e haverás de compreender. É engraçado, neste inferno hediondo achei a luz para enxergar o Teu rosto.
Dito isto, já não tenho muita coisa e Te contar, só que... Tenho muito prazer em conhecer-Te.
Faremos um ataque à meia-noite. Não sinto medo.
Deus, sei que Tu velas... Ah! É o clarim! Bom Deus, devo ir embora. Gostei de Ti... Vou ter saudade... Quero dizer, será cruenta a luta, bem o sabes, e esta noite pode ser que eu vá bater-Te à porta. Muito amigos não fomos, é verdade. Mas... Sim, estou chorando! Vê Deus, penso que já não sou tão mau. Bem Deus, tenho que ir. Sorte é coisa bem rara, juro, porém que já não receio a morte.



Esse poema foi encontrado em pleno campo de batalha, no bolso de um soldado americano desconhecido. Do rapaz estraçalhado por uma granada, restava apenas intacta, esta folha de papel.

COMPLEXIDADE

A vida é assim:
Agente faz, desfaz, refaz
E nunca satisfaz.
Agente avança,cansa,descansa
E nem sempre alcança.
Agente implica,aplica,explica
E sempre complica.
Às vezes torna, retorna
E nunca contorna.
E o tempo corre,transcorre, decorre
E sempre percorre
O mesmo caminho, sozinho e...
Só encontra espinho.
A dor que volve, solve, sorve
Mas não absorve
Do pranto o desgosto, posto, transposto,
Que fica no rosto.
E as lágrimas caem, recaem,
E sempre contraem
Aquela tristeza, incerteza, fraqueza,
Coisas da natureza.
E as pessoas que crêem, vêm, também
E não encontram ninguém
Porque na lida da vida duvidam
Que haja uma ferida
Aberta em seu peito, um defeito, sem jeito
Mas guardam respeito.
E escutam a brisa, que frisa e reprisa
Mas não cicatriza
E assim é a vida, dolorida, sofrida,
De quem não tem medo, mas guarda segredo
De quem já cresceu e nunca esqueceu
Que ainda vive... o seu EU

Do livro METAMORFOSE – DA LARVA Á BORBOLETA, de Fátima Almeida

sábado, 9 de fevereiro de 2008

A MASSA

A massa
Que prepara a massa
Não é a massa
Que amassa
A massa.

A massa
Que envolve
A massa
Não é a massa
Que a massa
Desenvolve.

Somos a essência
Da massa
Que amassa
Envolve
E desenvolve
Com paciência.


Do livro METAMORFOSE – DA LARVA À BORBOLETA - de Fátima Almeida

PLATÃO EXPLICA

Apesar de ter certeza
que sou apenas um grão
de poeira cósmica
no seu universo

Queria que soubesse
que no meu universo
você é tão-somente
o todo.

Do livro METAMORFOSE – DA LARVA À BORBOLETA de Fátima Almeida

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

SORRIA




Ei você!!! Sorria...
Mas não se esconda atrás desse sorriso...
Mostre aquilo que você é sem medo...
Existem pessoas que sonham com o seu sorriso, assim como eu...
Viva! Tente!
A vida não passa de uma tentativa.
Ei ame acima de tudo, ame a tudo e a todos.
Não feche os olhos para a sujeira do mundo... Não ignore a fome!
Procure o que há de bom em tudo e em todos.
Não faça dos defeitos uma distancia, e sim, uma aproximação...
Aceite a vida, as pessoas... Faça delas a sua razão de viver... Entenda!
Entenda as pessoas que pensam diferente de você (não as reprove).
Ei olhe...
Olhe a sua volta quantos amigos...
Você já tornou alguém feliz hoje,
Ou fez alguém sofrer com o seu egoísmo?
Ei, não corra.
Para que tanta pressa?
Corra apenas para dentro de você...
Sonhe!
Mas não prejudique ninguém e não transforme seu sonho em fuga.
Acredite!
Espere!Sempre haverá uma saída, sempre brilhara uma estrela.
Chore, lute!!!
Faça aquilo que gosta, sinta o que há dentro de você.
Ei ouça...
Escute o que as outras pessoas têm a dizer... É importante!!!
Suba... Faça dos obstáculos, degraus para aquilo que você acha supremo.
Mas não esqueça aqueles que não conseguem subir a escada da vida.
Ei descubra!!!
Descubra aquilo que há de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente... Eu também vou tentar.
Ei você...
Não vá embora.
Eu preciso dizer-lhe que...
Te adoro, simplesmente porque você existe!!!

Charles Chaplin


domingo, 3 de fevereiro de 2008

PRECE DO RETORNO

“Tempo de transição... Morte e Renascimento...
Recolho-me em Ti, Senhor...
Cristo Senhor, a essência do Amor na Terra...
Reverencio a Sabedoria...
Os Espíritos de Luz estão de volta à Terra, e poucos os reconhecem: têm os pés descalços,
A rosa no peito e a espada flamejante de amor nas mãos...
Quem os vê? Quem os ouve?
Recolho-me diante de Ti, amado Mestre Jesus.
Ouço ecoar em meu coração a tua promessa: “Estarei convosco todos os dias, até a consumação dos tempos”.
E vem em mim um sentido de emergência.
Ó Senhor, quantos limites eu criei... A dura experiência do Livre-Arbítrio...
Vim para brilhar, ofusquei-me?
Vim para servir, escravizei-me?
Senhor onde está o caminho? Distração... Ilusão...
Que tenho para devolver-te do que me deste por empréstimo?
Apego? Capricho? Mágoa? Omissão?
Senhor não permita que Eu me oculte de mim... Clareza, Senhor!
E as nossas mentes, então? Cristalizadas e opacas, pensam, julgam e criticam sem parar!
Necessitamos de Cura e Purificação! Soltar laços, quebrar os grilhões milenares da ignorância...
Precisamos ter Coragem...
Recolho-me em Ti, Senhor... Silêncio profundo...
Sinto Amor me envolvendo e a Tua Luz intensa mostra-me o Ponto no Caminho...
Na consciência repercute: Misericórdia, Gratidão...
Já nem me sinto... Harmonia, Amor... Plenitude... Verdade... Justiça... Liberdade... Paz...
E então, eu olho para a Terra, envolta em densas nuvens...
É urgente Renascer e Servir... Obediência, ser a Lei e Retornar... Ser o Propósito e criar...
Ser o Amor e amar...
É urgente secar o próprio pranto, porque a Humanidade se afoga em lágrimas! Estão desesperados e sonolentos... Clamam!
É urgente retirar as travas dos olhos: cegos não podem guiar cegos!
É urgente curar as próprias chagas, porque há milhares de feridos na Terra...
Rasgar o peito e libertar o Amor e a Luz...
Senhor Jesus, enche incessantemente o meu cântaro na Fonte da Água, com a melhor parte
Que escolhi e jamais me será tirada para que eu o verta sobre a Dor da Terra sem nada reter.
Sou apenas o Cântaro, Tu és a Fonte e a Água...
Retorno, Senhor, e farei da Terra a minha morada, até que a Tua vontade se cumpra, até que a Tua Luz e o Teu Amor brilhem nas mentes e nos corações dos homens, até que não haja mais sofrimento.
Assim Seja”

Extraída do livro REENCONTRO–Almas em Harmonia, de IARA CRISTINA LEOPARDI

UM COMENTÁRIO...

O PEQUENO PRÍNCIPE
Antoine de Saint-Exuperry

Como o PEQUENO PRÍNCIPE, percorremos muitos caminhos em busca de respostas. Perseguimos sonhos.
Vivemos procurando distinguir os baobás das roseiras para que não nos dominem.
Ficamos tristes e gostamos de contemplar o pôr-do-sol.
Tropeçamos em cogumelos, reis às vezes não tão razoáveis, vaidosos, beberrões, homens de negócios e acendedores de lampiões que apesar de atrelados ao regulamento, são os únicos que se preocupam com os outros.
Decepcionamo-nos com nossas rosas, mas aprendemos com algumas raposas que o amor torna tudo possível, até suportar as larvas, para mais tarde conhecermos as borboletas.
No fim da caminhada, aniversário da nossa queda na terra, sentimos a necessidade de voltar.
Como o PRÍNCIPE, parecemos sofrer, parecemos morrer, temos medo até, mas apenas deixamos para trás o que já não nos serve.
Como o essencial é invisível para os olhos, os nossos pilotos sofrem com a separação, mas acabam se conformando ao pensar que lá nas estrelas, como milhares de guizos, estamos rindo para eles.

Meu comentário sobre o livro O PEQUENO PRÍNCIPE de
Antoine Marie de Saint-Exupery

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

SORTE

Bebeu naquele bar e não pagou
Prometeu voltar prá casa e não cumpriu
Correu prá chegar cedo, se atrasou
Comeu, deitou na cama e não dormiu
Apostou na forte chuva, o sol abriu
Seu ônibus passou, ele não viu.

Deixou a porta aberta, o gato entrou,
Viu o peixe no aquário e comeu
Sonhou com um macaco e jogou,
Apostou no bicho e perdeu.

Prá mudar a sua sorte
Carecia reza forte
Muito mais que se imagina
Foi aí que ele encontrou
Uma jóia pequenina
Sob forma de menina
E seu destino mudou.

Não precisou mais correr
Ao bar, nunca mais voltou
Comeu, deitou e dormiu
Tudo se consertou
E nova vida surgiu.

Extraído do livro METAMORFOSE – DA LARVA À BORBOLETA – de Fátima Almeida

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

SAUDADE

Hoje
Ao ouvir... sentir...
Uma música... um poema...
Tive saudades de mim
Saudades,
Muitas saudades,
De mim, de você,
De nós.
Do que fomos
E já não somos,
E eu nem sei como
Tanto tempo passou.
Eu passei
E nem senti.
Você passou...
Eu vi,
Mas nada pude fazer.
Extraído do livro METAMORFOSE - DA LARVA À BORBOLETA - de Fátima Almeida

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

CHUVAS DE PRIMAVERA

Estou só
Em meu mundo de solidão
Constante
Sinto-me vazia.
A noite avança,
O sol se esconde,
E como que querendo
Desabafar
As nuvens choram.
É deveras um quadro triste...
Lágrimas de despedida
Respingam no telhado,
E eu, como se quizesse
Consolar as nuvens,
Encho de tédio a minha vida
Tão cheia de mim.
São as últimas chuvas que nos restam
Últimas tais quais as minhas esperanças
De encontrar a felicidade.
Entretanto, depois das chuvas,
A primavera sorrirá.
Trará de volta o odor dos prados
E perfumará as flores silvestres
So no meu coração
Continuará o inverno.
Eternamente... o inverno.

Extraído do Livro METAMORFOSE - DA LARVA Á BORBOLETA - de Fátima Almeida

sábado, 26 de janeiro de 2008

ROTINA

Fico sozinha.
A tristeza invade-me o peito cansado
Choro.
Minhas lágrimas não satisfazem a minha dor.
Canto.
Meu canto é triste, cheio de angústia.
Minha voz se cala.
O silêncio reina
Nem um pássaro canta.
Sem nenhum ruído
Adormeço sobre minhas lembranças
É noite...
Meu corpo descansa...
Minh'alma esquece.

Extraído do livro METAMORFOSE - DA LARVA À BORBOLETA - de Fátima Almeida

REFLEXÃO

A vida passa.
Sozinha em meu canto
Espero pelo tempo.
O tempo passa.
Nada mais me resta
Senão ir com ele.
Tentar saber,em vão,
Aonde me levará.
Onde um outro amanhã,
Isento de angústias,
Um dia de sol
Poderei buscar.
E assim eu espero...
Os carros passam... não param.
A vida passa... não para
As pessoas passam... não ficam.
Tudo passa.
As nuvens passam,
Os dias passam,
As horas passam,
Só eu não passo,
Fico.

Extraído do livro METAMORFOSE - DA LARVA Á BORBOLETA - de Fátima Almeida

ETICA

Fala a verdade menino,
Mentir é coisa indecente
Gente decente não mente
E se mente é por ser carente
Não poder dizer o que sente
Porque colocou na mente
Que decente é ser somente
Abafar a dor latente
Sufocar a inteligência
E como a maledicência
Não é nobre, que indecência!
Deixa só na consciência
A virtude da indulgência.
Mentir é uma inconsequência,
Um sinal de decadência!

Extraído do livro METAMORFOSE - DA LARVA À BORBOLETA - de Fátima Almeida

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O MUNDO TÁ DE PONTA CABEÇA!!!!!!!!!!!!

A frenética e incessante corrida em busca do poder tem levado a humanidade a um desgaste moral, social e ecológico sem precedentes. Observando-se as civilizações mais primitivas, pode-se constatar que essa busca tem resultado em conseqüências extremas. Por um lado, a ciência tem realizado grandes descobertas, curas, prevenções. A tecnologia tem facilitado a vida das pessoas que detém o privilégio do acesso. Em contrapartida, a procura desenfreada por esse progresso tem causado uma desordem irreparável, com prejuízos incalculáveis.
O ser humano está perdido por aí, em alguma prateleira empoeirada, preso em qualquer envelope que ele mesmo não conseguiu endereçar. Perdeu a identidade. Vive a esmo seguindo a correnteza e em meio a toda essa turbulência, não se encontra mais. A violência, a corrupção e a desonestidade assumiram uma proporção tão gigantesca que as pessoas sentem-se até constrangidas em exercer a honestidade e a cidadania. O homem honesto transformou-se num ser em extinção. Onde foi parar o “homem de bem” que tinha “honra” na palavra? Um dia, um discípulo perguntou ao Mestre “onde estavam os homens”, ao que o Mestre respondeu incontinente que “os homens passaram”.
Não satisfeita em se auto degradar, a humanidade (ou desumanidade?) resolveu também devastar o planeta que é seu habitat natural. No afã de lucrar sempre, poder mais, de TER e não de SER, entrega-se às vaidades e ambições e destroe como tratores impiedosos, tudo que se lhe configura obstáculo aos seus propósitos de dominar, possuir.
Assim caminha a humanidade por vias tortuosas, perigosas, sem perspectivas de se chegar a lugar algum. Na realidade, andando em círculos. Não consegue avançar, está retornando às suas origens primitivas, às barbáries, onde o instinto e não o intelecto ditava seus atos. A clava e a espada foram substituídas por armas mais modernas e mais sofisticadas.
O mundo mudou, progrediu materialmente, mas o ser humano ávido por fama, poder, sucesso e outras facilidades, esqueceu-se de quem o criou e para que foi criado, então perdeu-se no labirinto que construiu dentro de si mesmo e segue procurando seu verdadeiro EU, em lugares que ele jamais encontrará.


Fátima Almeida

AO MEU POETA

Ah! meu poeta!
Tantos anos te busquei
Tanto te vi
Em pessoas que afinal
Nada tinham pra se ver.
Tanto tempo passei
Esperando
Um príncipe encantado.
Foi isso,
Que me ensinaram a esperar.
E eu sentia o meu poeta!
Mas meu poeta nunca soube
Que eu o estava sentindo.
Tantas vezes pensei
Finalmente tê-lo encontrado.
Terrível engano.
Ou desengano?
Como eu amei o meu poeta!
Mas o meu poeta
Nunca imaginou sequer
Que eu existisse.
E hoje,
Quando deixei de te buscar,
Encontro, num certo LUGAR
CHAMADO LUZ,
A tua alma tão nua
Que esqueceste de guardar.

Extraído do livro METAMORFOSE- DA LARVA Á BORBOLETA - de Fátima Almeida

CONSTRUÇÃO

Pedra sobre pedra,
Barro entre elas.
E entre as pedras,
E entre o barro,
O suor
Como agente de ligação.
Mãos sujas, vazias.
Estômago também vazio.
Cabeça cheia,
De problemas.
Coração também cheio,
De esperanças.
No olhar inquieto,
A carência
A ausência
De motivação
De emoção.
A presença
Constante,
Da rotina.

Extraído do livro METAMORFOSE - DA LARVA À BORBOLETA - de Fátima almeida

MOVIMENTO

Deslizei, caí
Escalei, subi
Encontrei asas, voei
Qual gaivota, planei
Amei, sonhei
Chorei, sorri
Perdi, ganhei
Fiquei, parti
Se fui feliz?
Não sei...
Se magoei,
Desculpe,
Nem senti.
Extraído do livro METAMORFOSE - DA LARVA Á BORBOLETA - de Fátima Almeida

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

METAMORFOSE


Uma crisálida
pálida
esquálida
inválida
Quase se ofusca
em busca
do tempo
da hora
do momento
De morrer
e renascer
borboleta.

Extraído do livro METAMORFOSE - DA LARVA À BORBOLETA - de Fátima Almeida