Nascer do sol

Nascer do sol
Não basta admirar e exaltar a grandeza da natureza. É preciso cuidar para que ela permaneça bela e possa ser também apreciada pelas gerações futuras.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008


ROSA

Pixinguinha


Tu és, divina e graciosa
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente
Aqui nesse ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
Teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito seu

Tu és a forma ideal
Estátua magistral oh alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza

Perdão, se ouço confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh flor meu peito não resiste
Oh meu Deus o quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia
Ao pé do altar
Jurar, aos pés do onipotente
Em preces comoventes de dor
E receber a unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te até meu padecer
De todo fenecer

Saudades....

segunda-feira, 24 de novembro de 2008


AS ROSAS NÃO FALAM

Bate outra vez
com esperanças o meu coração
pois já vai terminando o verão, enfim
Volto ao jardim
na certeza que devo chorar
pois bem sei que não queres voltar
para mim
Queixo-me às rosas,
mas que bobagem
as rosas não falam
simplesmente as rosas exalam
o perfume que roubam de ti, ai
Devias vir
para ver os meus olhos tristonhos
e quem sabe sonhavas meus sonhos
por fim.

Saudades ... de Pixinguinha


(Meimei -Chico Xavier)


Diante do bolo iluminado, abraças, feliz, os entes amados que chegaram de
longe... ouves a música festiva que passa, de leve, por moldura de harmonia
às telas da natureza... Entretanto, quando penetrares o templo da oração,
reverenciando o Mestre que dizes amar, mentaliza o estábulo pobre.

Ignoramos de que estrela estaria chegando o Sublime Renovador, mas
todos sabemos em que ponto da Terra começou ele o apostolado divino.

Recorda as mãos fatigadas dos tratadores de animais, os dedos calosos
dos homens do campo, o carinho das mulheres simples que lhe ofertaram
as primeiras gotas do próprio leite e o sorriso ingênuo dos meninos
descalços que lhe receberam do olhar a primeira nota de esperança.

Lembra-te do Senhor, renunciando aos caminhos constelados de luz para
acolher-se, junto dos corações humildes que o esperavam, dentro da noite,
e desce também da própria alegria, para ajudar no vale dos que padecem..

Contemplarás, de alma surpresa, a fila dos que se arrastam, de olhos
enceguecidos pela garoa das lágrimas. Ladeando velhinhos que tossem ao
desabrigo, há doentes e mutilados que suspiram pelo lençol de refúgio na
terra seca. Surgem mães infelizes que te mostram filhinhos nus e crianças
desajustadas para quem o pão farto nunca chegou.

Trabalhadores cansados falam do abandono e jovens subnutridos se
referem ao consolo da morte...

Divide, porem, com eles o tesouro de teu conforto e de tua fé e, nos
recintos de palha e sombra a que te acolhes, encontrarás o Cristo no
coração, transfigurando-te a vida, ao mesmo tempo que, nos escaninhos da
própria mente, escutarás, de novo, o cântico do Natal, como de repetido
na pauta dos astro:

- Glória a Deus nas alturas e boa vontade para com os homens!...
Feliz Natal

domingo, 23 de novembro de 2008


CARINHOSO



Meu coração não sei por que
Bate feliz Quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mais mesmo assim
Foges de mim


Ah se tu soubesses como eu sou
Tão carinhoso e muito muito
Que te quero
E como é sincero
Meu amor Eu sei que tu não
Fugirias mais de mim
Vem, Vem, Vem, Vem
Vem sentir o calor dos lábios
Meus a procura dos teus
Vem matar essa paixão
Que me devora o coração
Só assim então serei feliz
Bem Feliz
Meu coração

( Pixinguinha e Braguinha)


FLORISE
UM ANO SEM VOCÊ


Nome que lembra FLOR, como tantas flores que cultivou pelos jardins da vida.
Inteligente, culta, Intelectual, informada, viajou no tempo e acompanhou o progresso da literatura, da política e da música, sempre valorizando o conhecimento e fazendo-se única na arte de educar.
SE não tinha graduação, que importa? Era sábia! E com toda a sua simplicidade, era psicóloga, pedagoga, filósofa, enfim doutora em todas as formas de ensinar a viver.
Por trás de uma aparente fragilidade ocultava-se a dignidade, ALtivez e a força de uma grande mulher.
Os finos fios prateados que adornavam sua cabeça, deixavam-na com a aparência de uma fada típica das estórias que contava para nos fazer adorMEcer.
Era esta matrIarca, que do seu cantinho, doce e serena, equilibrava os pilares DA família intercedendo com sensatez, ponderação e encontrando sempre uma solução plausível para cada situação.
Havia imponência até na sua delicadeza!
Nasceu para ser uma Rainha! A nossa Rainha-Mãe!
Continuará BRIlhando como sempre fez e TOcando os nossos corações com a sua fé, sua esperança e sobretudo, seu amor a Deus!



Poderia valer-me de linguagem formal e rebuscada para dizer o que penso de você, mas acho que não combinaria com a sua doce personalidade.
Você é especial! Tenho muito prá falar de você, mas o meu vocabulário...é muito pobre para expressar as suas qualidades. Só posso dizer... TE AMO!
VOCÊ TEM MAIS DE QUARENTA ANOS?...

Então você é do tempo...

...que as palavras "por favor", "com licença", "desculpe", "obrigado", eram naturalmente usadas por todos.

...que as pessoas se cumprimentavam, mesmo sendo totalmente estranhas umas às outras.

...que se sabia o nome de todos os vizinhos da rua ou do prédio.

...que se podia ficar até altas horas de uma noite quente de verão conversando com os vizinhos, com as cadeiras na calçada.

...que se podia esquecer a porta da frente da casa ou o portão destrancados.

...que som de alarmes era só os de incêndio.

...que grades em volta da casa eram necessárias só se o dono tivesse cachorro grande e perigoso.

...que os tipos de filmes disponíveis eram apenas drama, comédia, amor, musical, policial e aventura.

...que havia filas enormes para se assistir a filmes brasileiros.

...que os homens não podiam entrar no cinema sem camisa social e gravata.

...que o cinema era um excelente lugar para se namorar.

...que um carro estacionado na rua, no escuro, era melhor ainda para se namorar.

...que se preferia sempre fazer sexo do que falar, ouvir ou assistir a respeito dele.

...que beijo na língua acontecia somente entre quatro paredes, porque em público era um escândalo.

...que os pretendentes pediam autorização ao pai para namorar a pretendida.

...que o futuro marido pedia ao pai a mão da filha em casamento.

...que uma relação sexual era experimentada, por inteiro, somente após o casamento.

...que os programas de televisão eram ao vivo, feitos "na raça".

...que se assistia televisão com a família reunida na sala.

...que as crianças estavam todas dormindo após as 21:00h.

...que as crianças não interferiam na conversa dos adultos.

...que as crianças tinham infância.

...que as crianças acreditavam em Papai Noel, coelhinho da Páscoa e que a cegonha trazia os bebês.

que o sonho das meninas pobres era saber tocar piano e dançar balé, porque as ricas faziam isto.

...que o sonho das meninas ricas era brincar em cima das árvores, porque as pobres faziam isto.

...que o sonho dos meninos pobres era ter patinete, porque os ricos tinham isto.

...que o sonho dos meninos ricos era jogar "taco" ou bolinha de gude, ou andar de carrinho de rolemã na rua, porque os pobres faziam isto.

...que os cantores dispunham de estúdios com equipamentos limitadíssimos, e só quem era mesmo bom de voz conseguia um contrato de gravação.

...que nem os melhores cantores ficavam milionários.

...que as letras das músicas eram inteligentes, sutis e na maioria das vezes chamadas de "poemas sonoros".

...que os atores e atrizes apareciam sempre glamorosos, porque isto fazia parte da profissão.

...que "estou com a cachorra" era uma gíria que significava "estou com muita raiva".

...que se dizia "em mulher só se bate com uma rosa".

...que "mexer" com uma mulher era uma forma de paquera.

...que "tigrão" era o mascote da Esso.

...que carnaval era motivo para todo mundo usar uma fantasia.

...que "camisa de vênus" ou preservativo não eram mencionados em público.

...que era uma delícia dançar nos bailinhos ou aniversários caseiros de jeito bem lento e agarrado, de rosto colado, ao som das baladas elétricas dos Beatles ou dos "Renato e Seus Bluecaps".

...que se cantava canções populares em grupo, nos barzinhos ou depois do lanche da tarde em casa.

...que também era uma delícia ouvir música romântica italiana ou francesa enquanto se escrevia cartas de amor perfumadas para o amado ou amada.

...que se pedia uma ligação interurbana de casa à telefonista e se esperava trinta minutos ou uma hora para ser completada e neste tempo se ficava ensaiando o que dizer à pessoa amada.

...que a comida era sempre fresca; congelado só o picolé.

...que futebol era conhecido como "esporte arte".

...que os jogadores de futebol sabiam que iriam conquistar apenas a fama.

...que tumultos nos estádios só existiam para conseguir um autógrafo do craque do coração.

...que a profissão de professor era querida e respeitada e desejada por muitos.

...que se podia passear de carro conversível, sem capota, porque não havia preocupação com... poluição.

...que congestionamento era algo que se tinha no peito, em caso de gripe.

...que o único medo dos caminhoneiros era o de não suportarem a saudade das famílias.

...que as motos andavam na mesma faixa dos carros e eram usadas mais para passeio.

...que em todos os bairros se via uma viatura da polícia circulando dia e noite.

...que quem sentasse num banco de jardim teria que pelo menos estar lendo um jornal, ou seria suspeito de vadiagem.

...que taxi era chamado de "carro de praça", porque eles sempre tinham ponto nas praças; e os respectivos motoristas eram geralmente gentis e educados.

...que se encontravam os carros de praça a qualquer hora do dia ou da noite.

...que se recebia vendedores de enciclopédias e/ou de carnês do Baú da Felicidade dentro de casa.

...que se fazia a compra diária do pão e do leite na padaria no Seu Joaquim fiado, tudo anotado na "caderneta", para se pagar quando fosse possível.

...que a contabilidade das empresas era toda feita com máquinas de escrever e estava sempre atualizada.

...que a profissão de secretária era muito charmosa, assim como a das aeromoças e das enfermeiras.

...que não se via mulheres jovens, idosas ou grávidas viajando de pé nos ônibus e trens.

...que os homens abriam a porta da casa ou do carro para a mãe, namorada ou qualquer mulher tanto para entrarem como para saírem.

...que os homens eram sempre os últimos a entrar ou sair dos elevadores.

...que os homens cortavam os cabelos todas as semanas, faziam a barba ou aparavam o bigode todos os dias e nunca apareciam de sapato não engraxado.

..que as barras das saias e dos vestidos não podiam estar mais altas que a altura dos joelhos.

...que as roupas dos homens eram feitas sob-medida e até os mais pobres podiam pagar os alfaiates.

...que bundas só as de bebês ou nos inocentes clubes ou praias de nudismo eram vistas.

...que quando alguém mencionava coca a única coisa que vinha à cabeça era o refrigerante.

...que tráfico era sempre o de automóveis mesmo.

...que se podia entrar sozinho no mato para caçar passarinhos.

...que piquenique era algo que toda família adorava fazer nos fins de semana.

...que as pessoas envolvidas com religião como profissão eram humildes e sem posses.

...que educação cívica era uma matéria obrigatória em todas as escolas e praticada em todas as casas.

...que se pagavam menos impostos.

...que mesmo os peões tinham uma casa própria para morar.

...que os políticos eram pessoas respeitadas e admiradas.

...que famílias morando nas ruas eram só as assumidamente ciganas.

...que se usavam jóias verdadeiras, nas ruas, tanto de dia como de noite.

...que se dava ouro para o bem do Brasil.

...que a palavra "stress" era entendida como a palavra "strass", que eram pedrinhas usadas para dar brilho aos vestidos elegantes.

...que quando se olhava para cima, à noite, se via estrelas bem brilhantes e, de dia, se via o azul do céu como um véu de cetim.

...que as pessoas se respeitavam e tinham muitos, muitos amigos.

...que o mundo não era perfeito, mas certamente havia ao redor mais coisas boas do que ruins.

Se você tem memória então vai se lembrar e reavivar tudo isto.
AUTOR DA MENSAGEM...DESCONHECIDO...
TEMPOS BONS AQUELES...
TUDO MUDOU!!!....

O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch

Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
'Problemas de moça' viraram TPM

Confeti virou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental

E o fio dental virou anti-séptico bucal
Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do 'não' não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí

O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bike
Polícia e ladrão virou counter strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?

Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos Agora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...
.... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças.

(Luiz Fernando Veríssimo)

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

FALA EM PAZ

Justo lembrar que a voz humana está carregada de vibrações.
Esforça-te por evitar os gritos intempestivos e inoportunos.
Uma exclamação retumbante equivale a uma pedrada mental.
Se alguém te dirige a palavra em tom muito alto, faze-lhe o obséquio de responder em tom mais baixo.
Os nervos dos outros são iguais aos teus; desequilibram-se facilmente.
Discussão sem proveito e desperdício de forças.
Não te digas sofrendo esgotamento e fadiga para poder lançar frases tempestuosas e ofensivas; aqueles que se encontram realmente cansados procuram repouso e silêncio.
Se te sentes à beira da irritação, estás doente e o doente exige remédio.
Barulho verbal apenas complica.
Pensa nisso: A TUA VOZ É O TEU RETRATO SONORO.
Emmanuel/Chico Xavier - CALMA

Lições que a vida nos ensina

Pão velho

Era um fim de tarde de sábado. Eu estava molhando o jardim da minha casa,
quando vi um menino parado junto ao portão, me olhando.
- Dona, tem pão velho? - perguntou ele.

Essa coisa de pedir pão velho sempre me incomodou... Olhei para aquele
menino tão nostálgico e perguntei:
- Onde Você mora?
- Depois do zoológico.
- Bem longe, hein?
- É... mas eu tenho que pedir as coisas para comer.
- Você está na escola?
- Não. Minha mãe não pode comprar material.
- Seu pai mora com vocês?
- Ele sumiu...

E o papo prosseguiu, até que eu disse:
- Vou buscar o pão. Serve pão novo?
- Não precisa, não. A senhora já conversou comigo, isso é suficiente.

Esta resposta caiu em mim como um raio. Tive a sensação de ter absorvido
toda a solidão e a falta de amor daquela criança. Tão nova e já sem sonhos,
sem brinquedos, sem comida, sem escola e tão necessitada de um papo,
de uma conversa amiga.

Quantas lições podemos tirar desta resposta:
"Não precisa, não. A senhora já conversou comigo, isso é suficiente!"

Que poder mágico tem o gesto de falar e ouvir com amor! Os anos se
passaram e continuam pedindo “pão velho" na minha casa...
E eu dando "pão novo",
mas procurando antes compartilhar o pão das pequenas conversas,
o pão dos gestos que acolhem e promovem.

Este pão de amor não fica velho, porque é fabricado no coração de
quem acredita Naquele que disse: “Eu sou o pão da vida!

” Verifique quantas pessoas talvez estejam esperando uma só palavra sua....