Nascer do sol

Nascer do sol
Não basta admirar e exaltar a grandeza da natureza. É preciso cuidar para que ela permaneça bela e possa ser também apreciada pelas gerações futuras.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

AH! O AMOR

             TROVINHA Nº 04


O amor chegou de mansinho
Instalou-se em meu coração
E depois quis sair de fininho
Sem dar alguma explicação

Fátima Almeida

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

EURECA
                      “É triste perder um amigo...”
                      “Nem todo mundo tem um amigo...”
                                                    (Exupèry)

Passeando hoje,
Por um recanto qualquer
Encontrei você.
Bateu a dúvida.
Estarei enganada?
Não resisti,
Segui os seus passos...
Sim, era você!
Impossível não reconhecer!
Furtivamente,
Esgueirando-me,
Emocionada e contente
Visitei sua casa.
Percorri os três cômodos
Onde encontrei a sua marca.
Embora não tenha visto
Os seus olhos,
Nem a sua tristeza,
Suspirei, aliviada.
Mas isso...
Você nunca vai saber.
Saudades de você!

Fátima Almeida

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A DANÇA DA SOLIDÃO

A dança
da solidão
balança
na ilusão
no desânimo.


Alcança
o desespero
na imensidão
de sonhos
desperdiçados;


Na ausência
de um objetivo
de um propósito
de um desejo
de uma razão
para dançar
a dança
da vida!
          
Fátima Almeida

                                                                                               

DIVULGANDO A ARTE DOS AMIGOS

Nossa amiga Cristiane faz Crochê, que tal visitar seu blog?

Muito lindo o trabalho da Cris!!! Visitem!



                                                O RÁDIO

A minha relação com a música sempre foi algo singular. Em 1957, contando com apenas três aninhos, eu já tinha desenvoltura suficiente para subir no balcão do armazém do papai e cantar a plenos pulmões as músicas que faziam sucesso no rádio, para quem quisesse ouvir. Cantar e declamar poesias? Eu adorava! “Essa menina não se cria!” diziam alguns. E não é que me criei? E o rádio! Nossa!... Era enorme! Tinha caixa de madeira e acho que funcionava a pilha. Luz elétrica? Ninguém sonhava com isso por lá. Chiava que era uma beleza, mas era o único meio de comunicação que chegava até nós, naquele fim de mundo, que mais tarde, comentando Garcia Marques com uma amiga, achamos muito parecido com Macondo. Lá adiante darei mais detalhes dessa semelhança.
Acordávamos com um programa da PRA-4 – Rádio Sociedade da Bahia. O programa? VAMOS ACORDAR! O locutor eu não lembro bem o nome, mas acho que tinha o sobrenome Luna.
Durante o dia, todos se ocupavam dos seus afazeres. Eu ia para a Escola, brincava e quando a noite chegava era hora de ouvir o maior noticiário do país – A HORA DO BRASIL, cuja abertura nos deixava emocionados e só depois de alguns anos eu fiquei sabendo que se tratava de um trecho da ópera O GUARANI, de Carlos Gomes.
Foi através do rádio que tomamos conhecimento de muitos fatos importantes, como a trágica morte de JFK. Ora, eu só tinha oito anos e jamais esquecerei aquela cena. Junto ao rádio, minha mãe chorava enquanto ouvia a narração do funeral de John Kenned, enquanto Ray Charles fazia o fundo musical com a belíssima canção I CAN’T STOP LOVING YOU. E ali, sem entender o porquê do pranto da minha mãe, eu também chorei, embora não tivesse a mínima noção sequer do que dizia aquela música, que me soava tão triste. Hoje eu tenho consciência de que naquele dia, o mundo perdeu um grande estadista.
Muitos outros fatos chegaram até nós, dessa maneira. O Repórter Esso se encarregava de nos dar a conhecer em edições extra-ordinárias.
Chegou a Jovem Guarda! O Rei, Roberto Carlos lançava um LP todo final de ano. Como eu não tinha “radiola”, sequer uma vitrolinha portátil, contentava-me em copiar as letras e cantar suas canções maravilhosas, nem que para isso tivesse que acordar na madrugada para ouvi-las na Rádio Globo.
O futebol também fazia parte do meu domingo junto ao rádio, e mais tarde ainda “assisti” algumas edições das Olimpíadas tão maravilhosamente narradas por Luciano do Vale. Disse “assisti” porque era como se eu estivesse presente em cada competição, tal a qualidade da narração.

Estudava em uma cidade grande, mas eu não dispensava minhas famosas férias no lugarejo. Quando acabavam as aulas, lá estava eu de volta para mais uma temporada de aventuras, mas esta será outra história!

                                          Fatima Almeida

Notas:
           O RÁDIO NO BRASIL
Em 07 de setembro de 1922 o Brasil conhecia oficialmente o rádio. Na data, o Presidente da República Epitácio Pessoa apresentava a novidade aos brasileiros na solenidade de abertura da Exposição Comemorativa do Centenário da Independência realizada no Rio de Janeiro. Dentre os presentes dois baianos que mais tarde seriam alguns dos fundadores da Rádio Sociedade da Bahia: os Doutores Agenor Augusto de Miranda e Cesário de Andrade.
A Radio Sociedade da Bahia nasceu identificada como PRA-4, sigla de prefixo 4. O "A" era uma classificação para ordenar alfabeticamente as emissoras. Prefixo era uma convenção internacional que determinou para o Brasil as letras PR, sigla que prevaleceu durante quase duas décadas, depois sendo substituída pelas iniciais ZY acrescida da faixa de freqüência. A Rádio Sociedade da Bahia recebeu o prefixo número 4 por ter sido a quarta rádio a ter autorização oficial para funcionar.

A VOZ DO BRASIL
O programa foi criado por Armando Campos, amigo de infância de Getúlio, com a intenção de ajudar o seu amigo, colocando suas idéias para a população escutar, e assim serem a favor de seu governo. Passou ser transmitido em 22 de julho de 1935, durante o governo de Getúlio Vargas com o nome de "Programa Nacional", sendo apresentado pelo locutor Luiz Jatobá. De 1934 a 1962, foi levado ao ar com o nome de Hora do Brasil. Em 1938, já com o nome de Hora do Brasil programa passou a ter veiculação obrigatória, somente com a divulgação dos atos do Poder Executivo, sempre das 7 às 8 horas da noite, horário de Brasília. Em 1962, a partir da entrada em vigor do Código Brasileiro de Telecomunicações, o Poder Legislativo passou a ocupar a segunda meia hora do noticiário. Em 1971, por determinação do presidente Médici, o nome "Hora do Brasil" muda para "A Voz do Brasil".
SENTIMENTO RELIGIOSO

O sentimento religioso no homem surgiu provavelmente da necessidade de
comunicação entre Criador e Criatura, e/ou vice versa.

Fátima Almeida