Nascer do sol

Nascer do sol
Não basta admirar e exaltar a grandeza da natureza. É preciso cuidar para que ela permaneça bela e possa ser também apreciada pelas gerações futuras.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

                                  UM LAMENTO POR NOSSOS IRMÃOS VÍTIMAS DAS
                                                 TRAGÉDIAS EM MARIANA E PARIS

terça-feira, 10 de novembro de 2015


LIBERDADE

Dia 12 de novembro – Dia da Liberdade no Brasil, segundo informações da Wikipédia. Por que? Não se encontra respostas disponíveis, mas alguma razão haverá de existir.

Muito se tem falado sobre o tema. Tornou-se uma palavra de ordem na vida das pessoas, mas poucos conhecem o seu verdadeiro significado e alguns ainda cometem o terrível equívoco de considerá-la sinônimo de libertinagem.

Na etimologia grega, liberdade (eleuthéria), tratava-se apenas de uma possibilidade do corpo, movimento. Nada ligado a consciência ou espírito.

A palavra alemã Freiheit dava à liberdade o significado de ausência de limitações e a palavra originou-se do vocábulo Freihals (pescoço livre), livre dos grilhões que prendiam escravos.

Na Antiguidade, a liberdade era uma qualidade do cidadão e sua expressão era sobretudo política.

Em livros e dicionários inúmeros significados são atribuídos à palavra. Do latim, “libertas”, liberdade é:

Condição do homem que pode dispor de si ou do que não é propriedade de outrem; Faculdade de praticar tudo aquilo que não é proibido por lei; Conjunto de direitos garantidos ao cidadão pela lei fundamental do Estado; Direito de agir segundo o seu livre arbítrio, desde que não prejudique outrem; Nível de independência absoluto e legal de um indivíduo, de um povo ou nação; Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral, etc.

A filosofia classifica a liberdade como a independência, a autonomia do ser humano e a considera um conceito utópico, uma vez que é questionável. Será que os indivíduos têm realmente a liberdade que dizem ter? Grandes filósofos a consideram como aptidão particular do indivíduo de escolher, expressando os distintos aspectos da sua essência ou de sua natureza.

"Para que eu seja livre, não é necessário que eu seja indiferente na escolha de um ou outro dos dois contrários; mas, antes, quanto mais eu tender para um, seja porque eu conheça evidentemente que o bem e o verdadeiro aí se encontram, seja porque Deus disponha assim o interior do meu pensamento, tanto mais livremente o escolherei e o abraçarei."(Descartes)

Segundo René Descartes, age com mais liberdade quem melhor compreende as alternativas que precedem a escolha, o que deixa bem claro que quanto maior o conhecimento, mais livre é o indivíduo. Em se tratando de uma comunidade então, os benefícios se multiplicarão à proporção que a compreensão dessas alternativas seja estimulada.

Para Baruch Espinoza, ser livre significa agir de acordo com sua natureza, mas associa a ideia de liberdade à noção de responsabilidade.

Já para Jean Paul Sartre, a liberdade é a condição ontológica do ser humano. O homem é antes de tudo livre, para definir-se, engajar-se, encerrar-se, esgotar a si mesmo. Também defende que se a liberdade não é absoluta ela não existe.

Na Bíblia, o apóstolo Paulo afirma em 1 Coríntios 6:12 que “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma.” Em outras palavras nos diz, que somos capazes de fazer muitas coisas, mas nem tudo deve ser feito, porque nem tudo é bom e para cada ação existe sempre uma reação, uma consequência.

Será que quando alguém grita: “eu sou livre, posso fazer o que quiser e ninguém tem nada com isso!” tem consciência de que não é bem assim que a liberdade funciona?

Quando você decide que é livre e usa essa prerrogativa para ultrapassar limites, praticar atos que coloquem em risco a integridade física, emocional ou psicológica de outras pessoas, para transgredir, desprezar regras, entre outras irresponsabilidades, você pode ser tudo, menos livre, porque a liberdade observa o bom senso, o respeito. Essas características são condizentes com a libertinagem, que escraviza e mutila o ser humano. O libertino é rebelde, egocêntrico, embrutecido, escravo dos desejos desenhados pela própria mente e a libertinagem demonstra falta de dignidade e de bom caráter, enquanto que a liberdade torna o indivíduo capaz de manter uma convivência saudável com a sociedade.

Pense nisso, procure conhecer as alternativas de escolha que a vida lhe oferece, nunca esquecendo que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.

Fátima Almeida
07/11/2015







segunda-feira, 2 de novembro de 2015


                                  DIA DE FINADOS – O que comemoramos?

Dia de Finados ou Dia dos Mortos é um dia criado para homenagear as pessoas que já faleceram. Foi instituído pela Igreja Católica no século V como um dia do ano em que se rezava por todos os mortos não contemplados nas orações de alguém. A partir do século XI, os Papas Silvestre II, João XVII e Leão IX, obrigaram a comunidade a dedicar um dia aos mortos e no século XIII, esse dia passou a ser comemorado no dia 2 de Novembro.

A religião protestante não reconhece o feriado do Dia dos Finados como uma celebração. Alegam que a data não está presente na Bíblia, por isso  eles não têm motivos para comemorar ou homenagear. 

A Igreja Metodista, celebra Finados no Dia de Todos os Santos, porque considera  santos todos os fiéis batizados, de modo que, no primeiro dia de novembro, a congregação local honra e recorda seus membros falecidos.

Em Portugal, também é comemorado no dia 02, mas é denominado Dia dos Fiéis Defuntos.

El día de los Muertos” é como o México celebra esta homenagem. Em vez de choros e lamentações, muita animação e alegria. Segundo dizem, os mortos vêm visitar seus parentes. Ela é festejada com comida, bolos, festa, música e doces, sendo os preferidos das crianças, as caveirinhas de açúcar. Chegam a usar pinturas de caveiras no corpo e decorar casas com esqueletos. Tão diferente que tornou-se atração turística.

Para o filósofo León Denis, os druidas foram os primeiros a estabelecer uma data específica dedicada aos mortos. As reuniões eram feitas nos lares e não nos cemitérios, no primeiro dia de Novembro.

Outras versões nos contam que, como para os Celtas, dia 31 de outubro era o fim de um ciclo, de um ano produtivo, quando se iniciava o período que para nós é o outono e era encerrada e estocada a colheita nesta região, acreditava-se que este seria o dia de maior proximidade entre os encarnados e os desencarnados. Comemoravam também com muita festa e muita alegria porque acreditavam que os seus parentes os visitavam e os perdoavam de algum sofrimento que lhes tivessem causado, além de ter o significado de sabedoria pela humildade para saber pedir perdão e como prova de vida além da vida.

Para nós espíritas, visitar o túmulo é uma forma de expressar a saudade, o respeito e o carinho pelo espírito querido. Segundo Allan Kardec essa lembrança os sensibiliza, conforme sua situação, mas recomenda que não deve se prender a manifestações de desespero, cobranças e acusações. O espírito, não se encontra no cemitério, podendo, portanto, ser lembrado e homenageado através da prece em qualquer lugar. (LE – Q. 320)

 “A palavra finado é um adjetivo que qualifica algo ou alguém que finou que chegou ao fim, que está morto.” (Vânia M.Vasconcelos)

Mas o que está morto é apenas o corpo físico, fenômeno comum a todos os seres vivos. O espírito, a essência criada à imagem e semelhança de Deus é imortal, precisa partir para continuar sua trajetória evolutiva.

Todos os dias, em algum lugar, em alguma dimensão desse maravilhoso Universo, pessoas se reencontram e se separam nessa caminhada em busca do aperfeiçoamento que nos levará ao Pai.

Questionado sobre esse reencontro numa entrevista, Mauro Operti respondeu: “Deus não cometeria a maldade de separar definitivamente dois seres que se amam. A essência da vida é o outro. Por que Ele juntaria num breve tempo de uma existência duas criaturas que se sentem felizes de estar juntas e depois as separaria pela eternidade?

Lembrar, sentir saudades, chorar é compreensível. As separações são doloridas mesmo aqui na terra. Apenas precisamos cuidar para não afligir os nossos queridos desencarnados, com o nosso desequilíbrio emocional.

As preces serão sempre bem-vindas em todos os dias e momentos. Uma prece saída do coração é como um jato de luz que alcança o alvo e o ilumina.

Que Deus abençoe a todos!


Fátima Almeida