UM AMOR QUE TIVE

Que eu possa me dizer

Do amor que tive...

Ardente!

Como a chama da paixão

Fugaz!

Como tolos pensamentos

Vivido!

Como muitos, bons momentos

Mas findou...

Só restando solidão.

Fátima Almeida

Uma noite acordei de repente, procurei caneta e papel e rabisquei estes versos com os quais acabara de sonhar. Lembrei incontinente do querido e inesquecível “poetinha”, pela relação do primeiro verso com o Soneto da Fidelidade. Saudades Vinícius!

UMA MARAVILHA DA POETISA LUNA DI PRIMO!

NEM ADULTO, NEM CRIANÇA

A mente
Inocente
De um ente
Imponente
Indolente
Insolente
Sente
Ou pressente
Que viver o presente
Plenamente
Impetuosamente
Apaixonadamente
É premente.
E o futuro
Será sempre
Algo inexplicável
Inexorável
Que misteriosamente
Um dia chegará
E frente a frente
Corajosamente
Decididamente
Enfrentará.
Mas este pensar
Inconsequente
Irreverente
Inconsciente
Mostra-nos
Que realmente
Trata-se de alguém
Inexperiente
Impertinente
Que chamamos
Comumente
Carinhosamente
E tão somente
De adolescente!



Fátima Almeida



SORRISO PERFUMADO

Depois daquela terrível tempestade e de ter se livrado da avalanche de dúvidas que lhe atormentaram os dias e as intermináveis noites insones, estava ali, imóvel na soleira da porta, indeciso. Tocar ou não a campainha? Que dilema! Do peito arfante, o coração parecia querer saltar ao encontro do amor. Cedeu. Angustiantes momentos de espera... De repente, aquele perfume... A porta abriu e um maravilhoso sorriso restituiu-lhe a paz.

Fátima Almeida