ENTÃO… É
NATAL!
“So
this is Christmas, and what have you done?” Assim
iniciou essa linda canção o inesquecível John Lennon nos lembrando que Natal é
um tempo de reflexão e a finalizou exortando-nos a cultivar a esperança e a
paz... “War is over, If you want it, war is over,
now.”Quem dera fosse tão fácil acabar uma guerra! Quem dera dependesse
só do nosso querer!
Natal é a data em que comemoramos o nascimento de
Jesus e o dia 25 de dezembro foi
oficializado no século IV, pelo Papa Júlio I. É uma data de suma importância
para os cristãos. Com o nascimento de Cristo foi estabelecido o Ano I da Era
Cristã.
As festas natalinas incluem diversos símbolos
tradicionais como o Papai Noel, inspirado no Bispo Nicolau, que costumava
ajudar muitas pessoas, inclusive deixando saquinhos com moedas junto às
chaminés, nesta data.
O presépio, que representa o cenário do
nascimento de Jesus: a manjedoura, a Sagrada Família, os animais e os três Reis
Magos, foi uma tradição legada por São Francisco de Assis, no século XIII.
Muitos outros símbolos: a estrela de natal, como
a que guiou os Reis Magos até a manjedoura, as luzes que mostram Jesus como a
luz do mundo e finalmente a Árvore de Natal.
Uma versão da associação da árvore ao Natal nos
dá conta de que o formato triangular do pinheiro seria uma representação da
Santíssima Trindade. Outra, que a tradição começou na Alemanha, com Martinho
Lutero que uma noite, enquanto caminhava pela floresta, encantou-se com os
pinheiros cobertos de neve, sob um céu estrelado e ao chegar em sua casa tentou
reproduzir a imagem que tanto lhe impressionou, usando estrelas, enfeites e
velinhas e algodão.
Assim como Lutero, uma menina chamada Lara,
também ficou encantada, mas apenas com a figura de uma árvore de Natal,
estampada num Cartão recebido pelos seus pais.
O Natal de Lara
Lara vivia em um pequeno lugarejo onde não havia lojas para
comprar artigos natalinos, mimos e presentes especiais, mas sua mãe sempre dava
um jeitinho de providenciar algo para que os seus sapatinhos não ficassem
vazios na noite de Natal. Aproveitava as viagens do esposo à cidade grande e
quando ele retornava tinha o cuidado especial de esconder os presentes, para
que ela e seu irmãozinho acreditassem que o Papai Noel os trouxe. Era a única
noite do ano que concordavam em dormir com a lamparina apagada. Era necessário,
senão o Bom Velhinho não se aproximaria. Quantas vezes se propuseram fingir
dormir e flagrar Noel, mas acabavam sendo vencidos pelo sono.
Como cristã fervorosa, sua mãe nunca deixou de lhes ensinar o
verdadeiro significado do Natal. Montavam um pequeno presépio, apenas com os
recursos que dispunham à sua volta. Supernatural, mas simbolizava o nascimento
de Jesus e rezavam agradecendo as bênçãos recebidas e rogando a Deus que os
livrasse das pestes, da fome e das guerras.
Uma “Árvore de Natal” com bolas coloridas era o seu maior sonho,
até então impossível. Conformava-se, com um galho seco coberto com algodão,
enfeitado com flores confeccionadas em papel crepom.
O dia de Natal era uma festa! Abrir os presentes que Papai Noel
deixava nos sapatinhos era bom demais e eles deveriam ter prestado mais atenção
à felicidade estampada nos olhos dos seus pais por lhes proporcionar aquela
alegria. Eram apenas crianças, como cobrar-lhes essa percepção?
Tudo isso mudou quando ela tinha dez anos e o seu irmãozinho,
apenas cinco. Papai do Céu precisou da sua mamãe e a levou. Desde então, nunca
mais Natal, nunca mais sapatinhos junto às caminhas, nunca mais Papai Noel. Por
um bom período, Natal tornou-se sinônimo de solidão, tristeza, saudade.
Mas o tempo passou, Lara cresceu e decidiu reconstruir seu Natal.
Não era a mesma coisa, mas tinha Parque de Diversões, Barraquinhas de Pescaria,
Maçã do Amor, Coreto da Praça transformado em cabine de rádio, onde as pessoas
pediam músicas e as ofereciam aos amigos, aos “paqueras”, etc. Apesar de parecer bobo, não deixava de
ser divertido. Aquela multidão circulando na Praça, todos alegres, conversando.
Namorados desfilando de mãos dadas, isso era importante! Quando um rapaz
decidia passear ali de mãos dadas com uma moça era um sinal de compromisso.
Significava que ele estava assumindo o namoro. Hoje isso talvez seja chamado
“mico”, como tudo que é saudável, correto e romântico.
O mundo deu mais algumas voltas e ela passou a ocupar o lugar da
sua mãe. Agora ela tinha um filho e queria que ele vivesse o Natal como ela sonhava.
Não tinha recursos? E daí? Tinha amor e fé. Quando ele fez um ano, Lara não pôde
sequer comprar uma árvore, mas comprou um “pisca-pisca” e o colocou numa
planta. Ele adorou! Nos anos que se seguiram ela se esforçou o máximo e esperou
ansiosa a hora de ver aqueles olhinhos brilharem com a chegada do Natal. Lara atentou
para um detalhe muito importante: apresentou-lhe um Papai Noel que trazia os
presentes que Papai do Céu, mandava. O pedido era feito a Deus de forma
racional: “Papai do Céu, eu queria ganhar
um presente no Natal, mas se você não puder me dar, não vou ficar triste.” Era
sempre assim que pedia algo. Ela sabia que apesar de amarmos demais os nossos
filhos, não podemos esquecer de conscientizá-los de que nem sempre podemos ter
tudo que desejamos. Seu presente para ele era sempre algo bem simples, mas, o presente
de Papai do Céu que Noel trazia, ela não media esforços para que fosse
“grande”, e o mais interessante é que aqueles olhinhos sempre brilharam ao
receber qualquer coisa. Por mais simples que fosse ele agradecia. Aos dois
anos, encontrou no sapatinho um carrinho com pedais. Vibrou muito, adorou. Logo
depois ela entregou-lhe o “presente de mamãe” - uma guitarrinha de madeira, bem
simples, que ele não largou a noite inteira.
E a roda da vida continuou girando. Deus permitiu que Lara
continuasse ao lado do seu filho que agora já é adulto, aprendeu a viver o
Natal e a linda árvore que adorna a sua casa, já há algum tempo tem sido patrocinada
por ele. Talvez se ela não acreditasse em seu sonho, hoje não possuísse sequer
uma Árvore de Natal e muito menos, tivesse um motivo, para vê-la brilhar.
Tenhamos fé, busquemos a realização dos nossos sonhos, que podem
ser muito maiores que a “Árvore de Natal” da menina Lara, mas serão sempre
possíveis se acreditarmos.
Festejemos o aniversário do Divino Mestre com muita alegria e
gratidão, aproveitando a inspiração e a magia da data para refletir e planejar
as mudanças interiores necessárias para o próximo ciclo, 2016!
FELIZ ANIVERSÁRIO JESUS!
QUE TODOS OS LEITORES DESTE BLOG TENHAM UM NATAL DE
MUITA PAZ E LUZ!
Fátima Almeida
09/12/2015
Citações em evidência:
Song by John Lennon - Happy Christmas
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