ERA UMA VEZ... UM REI, UM PRÍNCIPE E UM PLANETA
Estamos
em dezembro. Tempo do Advento, quando os cristãos se preparam para a chegada de
Jesus, refletindo sobre seus erros e tentando viver em paz com os irmãos. Nas
quatro semanas que antecedem o Natal, inicia-se o Ano Litúrgico, ou seja, o
“Calendário da Igreja Católica” que não coincide com o ano civil.
Muitas
mensagens começaram a circular nas redes sociais falando sobre esse período e
sabemos que muitas pessoas desconhecem o significado. Não irei estender-me mais
sobre o assunto, porque reconheço não ser capacitada para tal, apenas quis
fazer a pequena referência para iniciar a reedição de um texto cujo tema,
acredito caber em qualquer época do ano, mas que é ideal para as reflexões do
Tempo do Advento.
ERA UMA VEZ um Rei muito poderoso. Era o Rei de
todos os reinos do Universo.
Certo dia, um dos seus filhos, o mais especial,
pediu-lhe algo peculiar. Queria permissão para cuidar pessoalmente dos seus
irmãos menores e para isso precisava de um local onde pudessem aprender e
ensinar as leis do amor, gerações após gerações.
O Rei comovido com o pedido do Príncipe aquiesceu
e ordenou que fosse iniciado o projeto para a construção.
O Príncipe por sua vez, versado em todos os
“assuntos”, chamou para si a responsabilidade e projetou o tão idealizado
lugar, atentando para os mínimos detalhes.
O plano era perfeito! E assim surgiu em algum
sistema solar, em alguma galáxia, um planetinha encantador, de um colorido sem
igual, com uma variedade de espécies incalculável. Florestas, montanhas,
planícies, rios e grandes oceanos abrigavam “vidas” sob formas diversas. A cada
um foi dada a sua missão nessa jornada evolutiva.
Tudo estava perfeitamente organizado. Chegaram os
filhos do Rei que habitariam aquele paraíso, mas como logo se julgaram
superiores a todos os seres que encontraram, os trataram com desdém e acabaram
por escravizar e destruir tudo para satisfazer os seus desejos egoístas.
O Príncipe que tudo via, tentou de mil formas
resolver a situação, sem interferir no caminho dos seus irmãos, visto que essa
foi a única exigência do Rei - a liberdade. A todos foram mostrados os dois
caminhos e a escolha deveria ser livre. Sem sucesso, porém, apelou para o Pai
que lhe propôs viver durante algum tempo como um deles, para tentar
convencê-los dos seus erros e ajudá-los, através do exemplo, a entender e
praticar o mais perfeito código de leis que já existiu e foi trazido por ele.
Leis fundamentadas na ética e no amor. Mas nem todos entenderam esse gesto tão
grandioso, o acusaram e o mataram (acharam em sua cegueira que o tinham matado)
Coitados!
E assim o Príncipe dos Príncipes, o Governador daquele
planeta criado com tanto amor e esmero tem assistido a destruição da sua obra.
Muitos dos seus irmãos não o reconhecem, outros não têm olhos para vê-lo,
arraigados que estão na matéria, enquanto mais alguns pregam o seu retorno sem
lembrarem as suas palavras após a ressurreição: “Eis que estarei convosco todos os dias até o final dos tempos.”
Mas a missão do Príncipe não falhou. Quem soube
ver e quis aprender, entendeu as suas lições de humildade desde que aqui chegou
em uma manjedoura, filho de jovens
“pobres” e cercado por “animais”, em vez de palácio, reis e servos. Ele era sim
filho do Rei dos Reis, mas deixou claro que o Seu reino não era material,
perecível, quando disse que não era desse mundo.
Deu exemplo de confiança e obediência, quando ao
ser crucificado poderia ter cruzado os braços e em vez disso ele pediu ao Pai
para “afastar o sofrimento” se fosse
possível, mas aceitou com resignação a sua tarefa. Seus muitos ensinamentos foram
sempre através de exemplos.
Devido às alterações físicas e fluídicas do
referido planeta encontrarem-se atualmente alteradas em virtude dos atos e
atitudes indignas dos seus habitantes, tornou-se imprescindível antecipar e
acelerar a grande transformação geológica. Como numa boa escola, os alunos já
estão sendo redirecionados às “séries” condizentes com o seu aprendizado. É
mais uma chance que o Príncipe concede aos seus irmãos que não entenderam o seu
propósito e se recusam a seguir as leis de amor e os desígnios do Rei dos Reis.
Urge que se apressem todos. É tempo de refletir e se necessário for, de mudar, evoluir.
Fátima Almeida
Reeditado em 05/12/2015
Nota:
O Advento (do latim Adventus:
"chegada", do verbo Advenire: "chegar a")[1] é o primeiro tempo do Ano
litúrgico, o qual antecede o Natal. Para os cristãos, é um tempo de preparação e
alegria, de expectativa, onde os fiéis, esperando o Nascimento de Jesus
Cristo, vivem o arrependimento e promovem a fraternidade e a Paz. No calendário religioso este tempo corresponde às
quatro semanas que antecedem o Natal.
Fonte: Wikipédia
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