Nascer do sol

Nascer do sol
Não basta admirar e exaltar a grandeza da natureza. É preciso cuidar para que ela permaneça bela e possa ser também apreciada pelas gerações futuras.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008


A HISTÓRIA DO CONVIDADO DE NATAL

Aconteceu um dia, num Natal já passado,
Dois vizinhos visitaram um amigo ao lado.
Entrando em sua pobre e humilde morada,
A encontraram lindamente decorada.

E o amigo sentado com os olhos brilhantes,
De repente parou de enfeitar por um instante,
E disse:” meus amigos, hoje de madrugada,
Quando a manhã pelo galo era anunciada,

Num sonho vi o Senhor que me dizia:
“Hoje o visitarei e lhe farei companhia.
Então sobremaneira tenho estado ocupado,
Na minha casa quero ver tudo decorado.

A mesa está posta e a chaleira polida,
Nos lindos enfeites a luz é refletida.
E agora esperarei o Senhor, não vou dormir
Vou prestar bastante atenção para poder ouvir
Os seus passos quando Ele se aproximar,
E ao abrir a porta seu rosto vou contemplar.

Os dois então partiram e deixaram o amigo,
Pois desde que sua família tinha falecido,
Mais feliz que isto não podia estar.
Pois antes o Natal não conseguia desfrutar.

Mas com o Senhor como convidado de Natal,
É melhor ficar atento, com atenção especial,
E a cada barulho se levantava sem vacilar.
Um Natal melhor não dava para imaginar.

E esperando para ver o Senhor lá fora,
Ouviu um ruído e correu para a janela na hora,
E tentando disfarçar a sua decepção,
Viu sobre a neve que cobria o chão...

Um mendigo maltrapilho de sapatos gastos,
Com roupas puídas e remendos crassos.
Com pena correu para a porta comovido,
E disse: “seus pés devem estar gelados e feridos.
Tenho sapatos aqui em casa para lhe dar,
E também um casaco para lhe agasalhar.”

Muito agradecido o pobre homem foi embora.
Nosso amigo ao ver como passavam as horas,
Imaginava porque o Senhor estaria tão atrasado,
E quanto mais teria que esperar seu convidado.
Ouviu então umas batidas e para a porta correu,
Mas também não era nenhum conhecido seu,
Uma velhinha corcunda, com um cachecol usado.
Levando nas costas um feixe de lenha pesado.

Ela pediu um lugar para descansar um bocado,
Mas já estava reservado para o grande convidado.
Seu rosto parecia implorar: ”não me mande embora.
É noite de Natal, preciso descansar agora.”

Então, ele fez-lhe uma tigela de sopa bem quente.
E disse: “vamos, sente-se à mesa e se alimente”.
Mas quando ela foi embora, ele meio desesperado,
Notou que já era tarde e o tempo já havia passado.

O Senhor não tinha vindo como havia dito.
Pensou: “com certeza houve um mal-entendido”.
Na quietude da noite, ouviu ele, alguém gritou:
“Por favor, me ajude e me diga onde estou!”
Embora decepcionado naquela noite fria,
Não deu lugar a tristeza e foi ver quem batia.

Era só uma menina que tinha se perdido,
Longe de sua família não sabia aonde tinha ido.
De novo o pobre homem ficou desanimado,
Mas sabia que a menina precisava de cuidados.

Falou com ela e suas lágrimas então limpou,
A deixou tranqüila e logo a consolou,
E depois foi com ela ate a sua moradia.
Mas ao voltar pra casa uma coisa ele sabia:

O Senhor com certeza nesta data já não vem
E o próximo natal é só no ano que vem.
Então foi para o seu quarto e de joelhos orou.
Disse: “querido Senhor por que demorou?

O que O impediu de me fazer uma visita?
Pois eu queria tanto ver sua face bonita.”
E na quietude da noite uma voz então disse:
“Erga a cabeça, Eu prometeria se não cumprisse?

Três vezes a minha sombra esteve na sua morada,
Três vezes bati à sua porta nesta noite gelada.
Eu era o mendigo cansado de quem você cuidou
Eu era a mulher a quem você alimentou
E eu era a criança perdida que você ajudou.

Adaptado por Helen Steiner Rice de uma antiga lenda alemã.

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